Não é fácil superar toda a burocracia que envolve o pagamento de impostos no Brasil, já que é preciso levar em conta uma série de fatores diferentes, como o tamanho da sua empresa, o ramo de atividade e até mesmo a cidade ou Estado onde ela está instalada.
O primeiro passo a ser dado é verificar se sua empresa se enquadra nos limites do chamado Simples Nacional, nome dado ao sistema simplificado de pagamento de tributos federais. Para se enquadrar a esse regime tributário, a empresa precisa ter faturamento anual menor do que R$ 3,6 milhões. Ao optar pelo Simples, a empresa paga só uma alíquota, que inclui todos os impostos devidos, exceto a contribuição à Previdência Social.
Portanto, ao pagar o Simples, a empresa está na verdade contribuindo de uma só vez com o IRPJ (Imposto de Renda para Pessoa Jurídica), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o PIS/Pasep (Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e a Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). Também estão incluídos o imposto municipal, chamado de ISS, e o Estadual, que é o ICMS.
Caso a sua empresa não se enquadre no Simples Nacional, cada um desses impostos listados acima deve ser pago separadamente. A principal diferença é que a empresa deve estar mais atenta às datas de pagamentos desses encargos e o departamento tributário ou o contador terá mais trabalho para calcular as alíquotas e emitir a guia de pagamento de cada tributo.
Outra diferença entre empresas que estão listadas no Simples Nacional é a alíquota paga ao INSS, ou a seguridade social. Para as empresas que se enquadram no Simples, o INSS é de 11% sobre a folha de salários, que pode ser integralmente descontados dos funcionários. Empresas não enquadradas no Simples pagam 20% desse imposto e a diferença deve ser paga pela empresa.
A alíquota do Regime Tributário Simples a ser paga pela empresa dependerá do setor de atuação e do seu faturamento nos últimos 12 meses. Para cada faixa de faturamento existe uma tabela de imposto, que pode mudar caso o faturamento suba até a próxima faixa.
O empresário deve estar atento todos os meses aos faturamentos acumulados nos 12 meses anteriores. Um novo cliente pode fazer com que a empresa pague mais impostos e, para isso, é importante o empresário estar preparado. Uma dica é utilizar um software financeiro para manter sob controle o faturamento da companhia e, assim, fazer previsões futuras sobre a sua situação tributária.
Fonte: http://blog.cenize.com/